Horizonte Distante

janeiro 13, 2010

Olá! Como está?

Voltando a escrever. Tempo está escasso e não gosto de postar qualquer coisa aqui.

Hoje eu vim aqui para escrever uma crítica ao cd “Horizonte Distante” da banda “Rosa de Saron”. Acompanho o trabalho dos sujeitos há um tempo e me surpreendi com esse novo cd. Foi muito discutido na cena, como seria esse novo trabalho do Rosa, que havia “explodido” com o Acústico. Qual estilo que eles iriam adotar? Conseguiriam colocar “peso” em suas músicas? Qual tema abordariam? Dentre outros questionamentos que surgiram.

Vou tentar de alguma forma fazer uma crítica ao cd de uma forma geral, mas criticando algumas músicas separadamente. As criticas não serão tão aprofundadas pois nao tive tempo de ouvir muitas vezes o cd. Na verdade, ouvi ele duas vezes hoje. Uma na ida para o trabalho e outra na volta.

Vamos lá.

O Sol da meia-noite
É estranho!
A primeira sentença da música que define a sensação causada ao começar ouvir o cd. Nesta primeira música a introdução ficou deslocada. O que parece conduzir a algo mais festivo, “cai por terra” no introspectivo. Creio que falarei várias vezes sobre instrospecção. Algo muito presente nesse trabalho. Ao iniciar o canto somos facilmente levados a reconher a tradicional voz do Guilherme e a uma levada com estilo Rosa. Mas as emoções estão muito a flor da pele. E  a prepação para o clímax é muito rápida e logo somos surpreendidos por um pseudo-refrão: “O sol da meia-noite”, que ao final chega no refrão de fato. Essa é a música mais religiosa do cd. Religiosa no sentido de falar sobre Deus e sobre como ele atua em nossa vida. Nas outras músicas são abordados temas que envolvem uma “espiritualidade cotidiana”. Perto do último minuto da música eles fazem um jogo com a palavra “amanhã”, fazendo eco com ela e respostas em outras línguas. Mais uma vez algo deslocado na música.

Menos de um segundo.
O Bom e velho Rosa estilo Acústico. É essa impressão que temos no início, sendo levados mais uma vez  pela “levada” característica da banda. Um desenho de guitarra sutil. Os falsetes do Guilherme. Uma roquidão não muito exagerada. Uma linha de baixo simples. Nesta música temos tempo de curtir a estrofe e sermos bem preparados para um refrão estupendo. Um refrão que surpreeende. Com um brilho peculiar e uma bincadeira interessante com o tempo como tema, não como elemento musical. A segunda parte entra como uma luva com o acorde menor de entrada dando uma espécie de variação da primeira parte. Pena que o refrão não acalmou no tempo devido, mas sim compassos à frente. A volta as estrofes é normal nos remetendo à calma inicial. A segunda vez do refrão cai em uma terceira parte que não ficou bem feita. Parecem apenas palavras jogadas para preencher essa variação de tema.“Menos de um segundo e eu já perco o ar”. Um bom refrão.

Um novo adeus
Deslocada. O Arranjo dessa música não ficou bom. Primeiro uma bateria perdida na introdução. Depois cordas com um desenho vago, sem um sentido musical, acomapanhodos de uma marcação de guitarra que também não faz sentido pois não prepara para o refrão e só dá um peso desnecessário para a idéia que o refrão passa. A frase inicial do refrão não é das mais bonitas. Digo a frase melódica. O final sim, quando “brincam” com o quadro hamônico. Talvez a “levada” que eles fizeram no  tema “E quando ouço o barulho da porta…” ficasse mais interessante se adotada como identidade/estilo para a música como um todo. Mais uma vez nessa parte antecipam as emoções, antecipam o clímax. Poderiam ter deixado a melodia crescer mais no final antes de fazer a retomada ao refrão. A idéia(tema) que tentaram passar nesta música é legal, pena que não foram felizes no arranjo.

Mais que um mero poema
Parece estranho,
o inicio dessa música. É a nova “cara” do Rosa. Guilherme abusando no timbre rouco. Uma bateria bem colocada, bem como uma guitarra sabendo desempenhar seu papel como na maioria das músicas. Uma estrofes reflexivas, com algumas gafes de “dar a moral de mão beijada”. No sentido de não dizer nas entrelinhas, como é feito na maior parte do tempo. O Refrão! Extase! Chiclete! Algo para ficar na cabeça:

“Aqui jaz um coração
que bateu na sua porta às 7 da manhã
Querendo sua atenção,
pedindo a esmola de um simples amanhã
Faça uma criança, plante uma semente
Escreva um livro e que ele ensine algo de bom
A vida é mais que um belo poema
Ela é real”

Talvez a música mais bem bem dosada, para impor esse “novo estilo”. Mundaças de ritmos, cenários. Sabendo deixar o gostinho de “quero mais”. A vontade de um terceiro refrão completo antes do final enfatizando a frase-mor desse CD. Aqui jaz um coração.

Invisível
CPM22? É o que os 2 primeiro acordes me remetem. Até seria legal se o peso fosse mantido. Mais uma vez, instrumentos perdidos. Dessa vez é um piano. Talvez o instrumento mais deslocado em todo o cd. Ao invés da introdução ao estilo CPM, poderiam ter feito algo com esse piano bem feito e convidar o músico para tocar com eles quando fossem tocar essa música. A ídeia musical presente aos 3 minutos de música é interessante. Já essa música não precisavam ter “enrolado” tanto nos refrões

Mesma Brisa
Mais uma na nova identidade do Rosa. Introdução bem feita. Já vamos sendo envolvidos pela música. O crescendo vai nos levando, levando, levando e no refrão chegamos todos levados pela Mesma Brisa. Creio que seja a música mais “pra cima” do CD. A que no show possa levantar o público. Não que as outras não possam, mas é um trabalho para mexer com o interior das pessoas. Um momento de reflexão.

O timbre brilhante do Guilherme é impactante nessa música. O baixo quase faz uma volta perfeita para as estrofes. Talvez só o slide fosse necessário. O desenho que ele fez não ficou bom.

Guitarra marcando presença como sempre com solos bem delineados.

Talvez tenham pecado apenas em fazer um refrão basicamente só com vocal após o solo da guitarra. Poderiam ter usado uma variação do tema, preparando assim para o refrão.

Sem mais delongas, vou encerrar por aqui. Eu teria muito mais coisa para falar, mas me extenderia demais.

Ouçam o CD, com algumas ressalvas vale a pena.

Abaixo o link:
http://www.baixarcdmusicasgratis.com/download/rosa-de-saron-horizonte-distante/

Lembrando que não é pirataria e sim com intuito de divulgar o trabalho deles.

Forte abraço e até breve






Deixe um comentário